Formado em Engenharia de Computação pela Unisanta, Gabriel Reis Mauriz é arquiteto de negócios do Itaú Unibanco


Ex-aluno da turma de 2018 do curso de Engenharia de Computação da Unisanta, Gabriel Reis Mauriz atua, desde agosto do ano passado, como arquiteto de negócios do Itaú Unibanco. Considerada a maior instituição financeira da América Latina e uma das maiores do mundo, o Itaú Unibanco é o maior banco privado do país, estando presente em 18 países operando em diversos segmentos, como investimentos, private bank e cartões.

Com passagens anteriores por Braskem e Ambev, Gabriel explica que, como arquiteto de negócios, sua maior responsabilidade é servir como apoio consultivo, guiando uma série de times na direção estratégica da empresa em relação à tecnologia, especialmente sendo guardião do que é chamado internamente de “reuso”: “já temos tantos componentes, sistemas e aplicações que é extremamente importante garantir que o que for possível esteja sendo reaproveitado. Como isso é feito pensando no viés de negócio, minha experiência anterior na área de produtos caiu como uma luva”, revela o ex-aluno, que destaca que tem sido incrível trabalhar no Itaú: “é um privilégio impactar na estratégia arquitetural de uma empresa com quase 100 mil colaboradores e quase 100 milhões de clientes”.

Antes de chegar à maior instituição financeira privada da América Latina, Gabriel conta que sua primeira chance profissional foi bem longe da área de tecnologia, como atendente de telemarketing. A experiência, segundo ele, foi fundamental para uma habilidade em que, hoje, precisa ser muito bom – a comunicação. A seguir, atuou como amarrador de navios no porto, o que, também de acordo com o hoje engenheiro de computação, lhe ensinou a ser disciplinado e a conciliar os turnos de atuação com os estudos, função da qual pediu exoneração para viver a sua primeira experiência corporativa em São Paulo nos dois últimos anos da faculdade, quando começou a viver o que chama de “vida de projetos”, ingressando no programa de trainee da Ambev em 2019, logo após o término do curso. “Nos 5 anos de Ambev aprendi muito sobre a área de produtos e sobre como as empresas de diferentes segmentos priorizam a tecnologia na sua estratégia, bem como as formas de usá-la para alavancar os negócios. Mas só saber de tecnologia não era suficiente. Foi preciso aprender sobre como usá-la da melhor forma”, esclarece.

Sobre a sua experiência enquanto aluno, Gabriel acredita que disciplinas como Estrutura de Dados, Sistemas de Informação e Tópicos Avançados de Computação, além de todos os projetos, o ajudaram a pensar de forma diferente da comum, algo que o mercado necessita muito. “Conforme esses projetos iam ficando mais sérios e eram levados para congressos, precisávamos aprender a habilidade de resumir e vender bem tais ideias, algo também extremamente valioso no dia a dia corporativo”, explica, destacando que o fato de ter iniciado a escrita de seu currículo com o auxílio do Núcleo de Gestão e Desenvolvimento de Carreira da Unisanta lhe deu uma vantagem competitiva “gigante”: “até hoje uso todas as dicas dadas para melhorar meu currículo e ajudar amigos e mentorados”.

Aos estudantes em busca de oportunidades em um mercado de trabalho cada vez mais concorrido, o ex-aluno de Engenharia de Computação sugere o aprendizado do Ikigai: “é uma ferramenta de autoconhecimento através da qual se pode buscar o ponto de encontro e equilíbrio entre aquilo que você ama, aquilo em que você é bom, aquilo pelo qual pode ser pago e aquilo que o mundo precisa. Aprenda, assim como nosso lado cientista que a faculdade fomenta, a validar hipóteses sobre tais possibilidades de forma que você possa, se for o caso, falhar rápido e validar a próxima possibilidade”, aconselha Gabriel. “É preciso também garantir um bom nível de inglês e estar bem-informado sobre o noticiário, aprendendo a usar prompts de GenIA e o LinkedIn a seu favor para entender as competências que você precisa desenvolver pensando nos cargos que você almeja. Para finalizar, as empresas contratam pensando nas suas competências técnicas, mas podem ser obrigadas a demitir por conta das habilidades interpessoais. Cuide bem das suas!”.

E, se fosse possível voltar no tempo, qual conselho o hoje arquiteto de negócios do Itaú ofereceria ao então calouro Gabriel? “Aproveitar mais o momento presente. Passei uma parte razoável da faculdade preocupado em manter boas notas devido à bolsa, e em me sustentar financeiramente que deixei de aproveitar alguns momentos com colegas de classe, projetos nos quais poderia ter me dedicado mais, conteúdos que curtia, mas não me aprofundei, pelas prioridades que dei. A faculdade, na maioria dos casos, só acontece uma vez, então aproveite enquanto está vivendo esse momento. Você não precisa ter um caminho totalmente planejado. A vida se constrói enquanto acontece”, conclui.