Augusto Moraes, ex-aluno de Engenharia de Computação, é gerente de auditoria de tecnologia na multinacional Deloitte


Augusto Moraes Coimbra Santo, formado pelo curso de Engenharia de Computação da Unisanta, é hoje gerente de auditoria de tecnologia na multinacional Deloitte. Com sede global em Londres, a empresa, fundada em 1845, chegou ao Brasil em 1911 com a missão de auditar as companhias ferroviárias britânicas que atuavam no país. Atualmente, a companhia conta, apenas no Brasil, com cerca de 7 mil colaboradores que cobrem todo o território nacional, prestando serviços de consultoria e auditoria em diversas áreas em 18 escritórios espalhados pelo país.Atualmente responsável por conduzir todas as etapas de um projeto de auditoria, desde a elaboração de propostas comerciais e definições de escopo, até o desenvolvimento do programa de trabalho, gestão das equipes de campo e encerramento do projeto, incluindo a criação de relatórios técnicos e a apresentação dos resultados para as áreas operacionais e executivas, Augusto iniciou sua trajetória na companhia em maio de 2021, originalmente contratado para trazer um viés mais técnico ao time de auditoria de tecnologia, que ainda estava em formação.

“Minha experiência anterior como analista de suporte, helpdesk e infraestrutura foi essencial para unir minhas competências técnicas à abordagem de auditoria do time. Em meus três primeiros anos na companhia, fui me aprofundando nos conceitos de auditoria e nos principais frameworks de tecnologia, como NIST, CIS Controls, ISO 27001, ISO 22301, SOX e LGPD/GDPR. Esse crescimento se deu com o apoio de líderes que incentivaram meu desenvolvimento contínuo e ofereceram feedbacks valiosos. Durante esse período, atuei em cerca de 50 projetos, liderei pequenas equipes, e participei da formação de novos colaboradores. Esse conjunto de experiências e entregas consistentes culminou na minha promoção para o cargo executivo em agosto de 2024”, explica.

Ao longo dos quatro anos de Deloitte, o engenheiro de computação destaca que, em sintonia com a sua evolução na empresa, enfrentou três grandes desafios: lidar com o volume de informações e com a curva de aprendizado para dominar os processos e os controles envolvidos em cada projeto, o que exigiu muito estudo e dedicação iniciais, aprender a gerenciar simultaneamente diversas equipes e entregas, e a transição para o papel executivo.

“Sair do papel técnico de suporte e assumir a liderança estratégica foi uma virada de chave. O desenvolvimento das habilidades interpessoais e o apoio da liderança tornaram essa adaptação mais leve e bem-sucedida”, afirma Augusto, que cita a integridade, o compromisso e a inclusão como os principais valores da companhia que mais lhe agradam. “A ética e a transparência são pilares constantes nos projetos, tanto internamente quanto na relação com os clientes, com cada trabalho orientado a gerar valor real, com foco nos desafios do contratante. Por fim, a Deloitte promove um ambiente colaborativo, respeitoso e diverso, o que torna o dia a dia mais rico e produtivo”, revela.

Sobre a sua experiência enquanto aluno, Augusto diz que a graduação teve um papel essencial na sua vida, proporcionando experiências práticas, trabalhos em grupo, discussões relevantes e simulações de situações do mercado real: “esses desafios acadêmicos me ajudaram a desenvolver habilidades que o mercado cobra desde o primeiro dia, como raciocínio lógico, resiliência e comunicação”.

Aos alunos em busca de oportunidades no mercado de trabalho, o ex-aluno de Engenharia de Computação aconselha atenção às tendências e às demandas do mercado. “Uma boa prática consiste em analisar as descrições de vagas publicadas em plataformas como o LinkedIn, tanto de empresas nacionais quanto internacionais. A partir daí, pesquisar os frameworks, ferramentas e tecnologias mencionadas, o que pode ajudar a direcionar melhor os estudos e identificar aquilo que mais se alinha com o seu perfil”, sugere.

E, se fosse possível voltar no tempo, qual conselho o agora gerente de auditoria de tecnologia da Deloitte ofereceria ao jovem Augusto? “Eu diria para prestar mais atenção às constantes transformações tecnológicas. Aprender sobre essas inovações e dominá-las pode trazer diferenciais competitivos significativos na carreira. Estar aberto ao novo, com curiosidade e disposição para aprender, faz toda a diferença”, finaliza.