Alunos de Engenharia Eletrônica da Unisanta desenvolvem dispositivo em LED de tratamento mais rápido para artrose e outras doenças


Dispositivo em LED de tratamento mais rápido para artrose e outras doenças

Dois formandos de Engenharia Eletrônica da Universidade Santa Cecília desenvolveram um projeto para tratamento de pacientes que possuem artrose no joelho e outras dores musculares no corpo, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Trata-se de um aparelho composto por 180 LEDs (Light Emitting Diode), que traz o mesmo resultado que a forma atual, através de laser, porém de uma maneira mais rápida e prática. Enquanto o tratamento atual com a caneta de acupuntura a laser dura entre 30 e 40 minutos, os 180 disparos simultâneos em LED levam cerca de um minuto.

A avaliação para obter o resultado foi feita pelos professores da Clínica de Fisioterapia da Unisanta, com voluntários portadores de artrose no joelho, distribuídos em dois grupos iguais de estudo.

Eliany Cristina Marques Costa e Haroldo Miranda Da Silva, alunos de Engenharia Eletrônica da Unisanta

“O laser convencional só dá um disparo por vez, esse dá 180 disparos ao mesmo tempo. Além disso, dá para pegar uma área maior, de uma forma rápida e muito mais eficiente. Os resultados são tão positivos quanto qualquer outro tipo de equipamento”, afirma Ivan Cheida Faria.

Baixo custo – Outro importante fator é o baixo custo do projeto. Enquanto o aparelho convencional custa cerca de R$ 25 mil, os engenheiros gastaram menos de R$ 300 (trezentos reais) na construção do aparelho, o que ajuda a ampliar e facilitar o atendimento aos pacientes no País, de acordo com o especialista.

“Hoje em média de 70% das pessoas sofrem de dor crônica. Com um equipamento deste, nós barateamos o acesso da população a tratamentos eficientes para alívio de dor e atendemos mais gente. O profissional da área pode comprar vários aparelhos para sua clínica e, desta forma, ampliaria os atendimentos à sociedade”, concluí o fisioterapeuta.

Para chegar ao mercado, o projeto leva em torno de cinco anos, pois são necessários mais testes e é necessária a regulamentação e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o que torna difícil segundo o especialista, devido a questões burocráticas.

Os LEDs foram testados e aprovados pelo Centro de Pesquisas em Ótica e Fotônica da USP de São Carlos (CEPOF). Os alunos um ano e meio para pesquisa, estudo, validação e montagem do trabalho. O orientador (Engenharia Eletrônica) foi o Prof. Me. José Daniel Soares Bernardo.